7 razões para instituições regionais familiares adotarem a governança corporativa
- B2Education

- 10 de jun.
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Por que empresas familiares de pequeno e médio porte precisam de Governança Corporativa?
Como ocorre em outros seguimentos, grande parte das instituições de ensino e grupos educacionais brasileiros tem sua origem em empresas familiares. Essas organizações foram, por décadas, essenciais para democratizar o acesso ao ensino e interiorizar a educação pelo país. No entanto, diante de um cenário cada vez mais complexo, competitivo e regulado, garantir perenidade, sustentabilidade e crescimento tornou-se um desafio. Nesse contexto, a adoção de boas práticas de governança corporativa deixou de ser privilégio das grandes corporações, tornando-se indispensável também para pequenas e médias empresas familiares do setor educacional.
O que é governança corporativa — e por que ela importa?
Governança corporativa é o conjunto de processos, práticas, normas e estruturas que orientam e controlam uma organização, buscando alinhar os interesses de todos os stakeholders (sócios, gestores, colaboradores, estudantes, governo e sociedade). No setor educacional, a importância desse tema é ainda maior: além de buscar eficiência e transparência, é fundamental garantir o propósito educacional das instituições e sua relevância social.
Mais do que um simples conjunto de regras, a governança corporativa estabelece uma verdadeira arquitetura de confiança que sustenta a instituição em bases sólidas. Ela cria mecanismos para que as decisões tomadas sejam embasadas, transparentes e rastreáveis — prevenindo conflitos, ampliando a previsibilidade, alinhando expectativas e garantindo que o foco continue no desenvolvimento institucional de longo prazo.
Nas Instituições de Ensino familiares de pequeno e médio porte, a governança corporativa atua como um escudo protetor frente aos desafios cotidianos da gestão. Seu papel vai além do controle operacional: ela estrutura a condução ética dos negócios, define papéis e responsabilidades, e permite que a estratégia institucional seja compartilhada e acompanhada de modo coletivo e transparente. Isso garante a longevidade, reduz riscos e abre espaço para inovação.
Conselhos consultivo e de administração: estratégia para o futuro
Um dos principais instrumentos da governança corporativa são os conselhos. O Conselho Consultivo costuma ser o primeiro degrau dessa jornada: formado por profissionais experientes, traz ideias externas e promove debates qualificados para apoiar os líderes da instituição, contribuindo para uma cultura mais aberta, estratégica e participativa. Já o Conselho de Administração é uma estrutura mais formal, responsável por supervisionar, deliberar estrategicamente e direcionar a organização rumo ao futuro, proporcionando decisões ainda mais maduras e imparciais.
Para empresas familiares de pequeno e médio porte no setor de educação, contar com conselhos ativos e bem estruturados pode ser um verdadeiro divisor de águas. O caminho ideal é iniciar com um conselho consultivo, que prepara o terreno e amadurece a cultura institucional, evoluindo, à medida em que a organização se desenvolve, para um conselho de administração mais robusto e transformador.
Ao reunir profissionais externos, experientes tanto no segmento educacional quanto em setores complementares, a instituição potencializa suas decisões, mitiga riscos e incorpora uma visão crítica e inovadora ao planejamento de longo prazo. Esse fórum protege a missão institucional de decisões baseadas apenas em interesses pessoais ou empíricos, além de profissionalizar a gestão e preparar a sucessão entre gerações.
Neste contexto, a governança corporativa é mais do que uma ferramenta de sobrevivência: é um autêntico diferencial competitivo. Ela potencializa resultados, profissionaliza processos e estrutura o futuro das instituições — especialmente das pequenas e médias. Veja, a seguir, 7 razões pelas quais as IES familiares, pequenas e médias, vão adorar investir em governança corporativa:
7 razões para adotar a governança corporativa em instituições de ensino
Planejamento estratégico sólido: Estruturas de governança permitem desenhar e acompanhar o plano de crescimento institucional, com monitoramento contínuo de indicadores-chave.
Profissionalização da gestão: Separar as relações familiares dos processos de gestão reduz conflitos e aprimora a tomada de decisões, elevando o padrão de excelência.
Gestão de riscos e conformidade regulatória: O segmento educacional exige conformidade com normas do MEC, CEE e outros órgãos. Com governança, aumenta-se a segurança jurídica e a aderência regulatória.
Acesso a capital e novas parcerias: Investidores e parceiros valorizam instituições com governança sólida, o que facilita a captação de recursos para expansão e inovação.
Longevidade e planejamento sucessório: Garante a continuidade dos negócios, com menos conflitos familiares e maior preparo das próximas gerações para assumir posições-chave.
Incorporação de conselhos: Conselhos compostos por profissionais sêniores trazem experiência e visão estratégica, fundamentais para guiar a instituição diante dos desafios e transformações do setor educacional.
Fortalecimento da reputação e transparência: Em mercados competitivos, reputação é essencial. A governança amplia a transparência, fortalecendo a confiança de alunos, colaboradores e parceiros.
Caminhos concretos para a transformação
Instituições que investem em governança colhem frutos em sustentabilidade, crescimento, inovação e resiliência — especialmente frente às constantes mudanças competitivas e regulatórias do setor educacional.
Há alguns anos, atuo como conselheiro em empresas educacionais e tenho me dedicado a apoiar instituições familiares e regionais no fortalecimento de seus processos de governança, tornando-as mais competitivas, relevantes e preparadas para os desafios em seu raio de atuação. Movido pelo compromisso de difundir as melhores práticas de governança corporativa no setor, busco constantemente aprimoramento na área: há 15 anos, realizei um MBA em Gestão Acadêmica e Universitária pela Carta Consulta e, nos últimos anos, aprofundei meus conhecimentos em gestão de empresas familiares e gestão corporativa, concluindo os cursos Family Business pela Fundação Getulio Vargas e a formação de conselheiros do IBGC - Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. A conclusão recente do curso de conselheiros reforça ainda mais meu propósito de contribuir de forma qualificada e estratégica para o desenvolvimento das instituições de ensino.
Seguindo este propósito de fomentar a transformação do setor, e fortalecer a governança corporativa nas instituições, celebro também a mais nova parceria do Grupo Crátilo com o Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, para o lançamento do MBA em Gestão Educacional e Mercado. Este novo MBA surge como resposta às demandas do mercado educacional contemporâneo, integrando conhecimentos de governança corporativa, marketing, inovação e liderança — destinado a gestores, profissionais de marketing educacional, mantenedores e investidores que almejam aprimorar suas habilidades e assumir papéis de liderança no setor.
Se você é mantenedor ou executivo e acredita que sua instituição pode avançar nessa jornada, estou à disposição para compartilhar experiências, debater ideias e construir soluções sob medida para seu contexto.
Vamos conversar sobre o futuro da sua instituição?





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