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O guia definitivo para o planejamento da captação 2026/1

  • Foto do escritor: Bruno Barreto
    Bruno Barreto
  • 16 de set.
  • 4 min de leitura

O ciclo de captação 2026/1 já começou. Para as instituições de ensino superior que ainda não internalizaram essa verdade, o futuro reserva uma batalha reativa por matrículas, travada no campo minado dos descontos agressivos e do custo de aquisição crescente. A competição não permite mais o luxo da improvisação. Vencer em 2026 exige um planejamento que não apenas antecede, mas que é construído sobre uma arquitetura de dados, estratégia e governança.


Este guia não é uma lista de boas intenções; é um roteiro acionável, um passo a passo baseado na metodologia que refinamos ao longo de anos no Grupo Crátilo para estruturar operações de alta performance. O objetivo é simples: fornecer o framework para que sua IES construa, a partir de agora, uma máquina de captação previsível, sustentável e lucrativa.


Fase 1: Diagnóstico preditivo (até o final de setembro)


A base de qualquer planejamento robusto é um diagnóstico que olha para trás para prever o futuro. A maioria das IES analisa dados passados de forma descritiva (o que aconteceu). A alta performance exige uma análise preditiva (o que provavelmente acontecerá).


  • Análise de performance de ciclos anteriores: Vá além do óbvio. Analise a taxa de conversão por canal, por curso, por região e até por vendedor. Onde estão os gargalos? Quais canais trouxeram os alunos com maior LTV (Lifetime Value)? Dados de ciclos anteriores, quando bem dissecados, revelam padrões que são verdadeiros ativos estratégicos.

  • Inteligência de mercado e mapeamento competitivo: Quem são seus concorrentes diretos e indiretos? Qual a política de preços e o portfólio que eles estão praticando? Ferramentas de inteligência de mercado permitem não apenas observar, mas antecipar os movimentos da concorrência, identificando lacunas e oportunidades que sua IES pode explorar.

  • Análise de portfólio (Curva ABC): Nem todos os cursos têm o mesmo peso estratégico. Classifique seu portfólio: quais cursos são "campeões de bilheteria" (alta demanda e margem), quais são "estratégicos" (menor margem, mas atraem público qualificado) e quais estão drenando recursos? Esta análise é crucial para direcionar investimentos de marketing de forma inteligente.


Fase 2: Arquitetura estratégica (primeira quinzena de outubro)


Com o diagnóstico em mãos, é hora de desenhar a estratégia. É aqui que os dados se transformam em decisões.


  • Definição da Proposta Única de Valor (PUV): O que sua IES oferece que ninguém mais oferece? Em um mercado comoditizado, a resposta não pode ser "preço" ou "tradição". A PUV deve ser clara, relevante para seu público-alvo e comunicada de forma consistente em todos os pontos de contato.

  • Estratégia de Precificação e Bolsas: A política de descontos não pode ser uma reação ao pânico. Ela deve ser uma ferramenta estratégica. Crie uma régua de precificação inteligente, com bolsas de mérito, convênios estratégicos e modelos de financiamento que atraiam o perfil de aluno desejado, sem destruir suas margens.

  • Metas e KPIs (Indicadores-Chave de Performance): Defina metas claras para cada etapa do funil: número de leads, taxa de inscrição, taxa de conversão em matrículas, CPL (Custo por Lead) e CAC (Custo de Aquisição de Cliente). As metas devem ser ambiciosas, mas realistas, e desdobradas para toda a equipe.


Fase 3: Orquestração da máquina de captação (segunda quinzena de outubro)


Com a estratégia definida, o foco se volta para a execução e a alocação de recursos.


  • Orçamento de Marketing Base Zero (OBZ): Em vez de simplesmente ajustar o orçamento do ano anterior, comece do zero. Justifique cada real investido com base nas metas definidas na Fase 2. Qual o mix de canais (online e offline) ideal para atingir seu público? Onde você obterá o maior ROI?

  • Estruturação do funil de vendas e tecnologia: Seu CRM está otimizado? A automação de marketing está nutrindo os leads de forma eficaz? O processo de inscrição é simples e intuitivo? A tecnologia não é um fim, mas o meio que garante que a estratégia funcione em escala e com eficiência.

  • Plano de ação e cronograma reverso: Crie um cronograma detalhado que começa da data da matrícula e trabalha para trás, definindo todas as ações, responsáveis e prazos. Este cronograma é o guia mestre da execução, garantindo que nada se perca no caminho.


Fase 4: Governança e Liderança Executiva


Um plano brilhante sem uma governança forte é apenas um documento. A execução consistente exige liderança, acompanhamento e a capacidade de ajustar a rota rapidamente. É aqui que muitas IES falham: a gestão do dia a dia consome o tempo estratégico dos líderes.


É para preencher essa lacuna que modelos como o CMO as a Service do Grupo Crátilo existem. Ter um líder de marketing experiente, focado exclusivamente em garantir a governança do plano de captação, assegura que a estratégia seja implementada com rigor, que os KPIs sejam monitorados semanalmente e que as decisões sejam tomadas com base em dados, não em intuição. É a garantia de que o plano sairá do papel e se transformará em resultados mensuráveis.


O planejamento para 2026/1 não é uma tarefa, é uma disciplina. Comece agora, siga este roteiro e coloque sua instituição na rota do crescimento sustentável.



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